Retorcia-se na cadeira como se estivesse tendo o mais pavoroso pesadelo.
Sentia, no fundo da alma, que não iria suportar tamanha dor, a que já sentia e a que viria, inevitavelmente, a sentir dentro em pouco.
Lamentava ser, no fundo da alma, esse covarde que sempre tinha sido e sempre iria ser.
Mas, fazer o quê?
Fazer o que, senão suportar, miseravelmente, tamanho sofrimento?
Levou um susto quando uma forte luz se acendeu em frente ao rosto pálido.
E outro quando ouviu uma voz dizer:
- Abra a boca, por favor. Vou dar uma espetadinha na gengiva. Mas não deve doer nada. O senhor não tem alergia à anestesia, tem?
Não soube responder. Estava paralisado de medo.
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