![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizuWxybm_rUY55wZtJaqZC7sajUPGU7RyW4ZYU9v3mQbT2ls_mJCoiygypstyy_vuPqp0-GEaKqUWID5jr8TUB3Bjbo8_sZZWoSqfe7-4gz8FEdfrvj5sSrFb3G-CNzk6LnmDbHtcsC1g/s200/arco-iris.jpg)
Falava pouco, ria menos e passava os dias a caminhar sozinho.
Certa vez choveu muito, até que as nuvens foram embora e o sol chegou.
E um enorme arco-íris atravessou a cidade de ponta a ponta.
Ele, que seguia distraído por uma rua estreita e íngreme, perseguiu as cores como um predador fareja a presa e assim andou, andou por horas.
Até que tropeçou num pote de ouro.
Rodopiou e caiu como um balão murcho no chão duro.
Foi uma queda e tanto.
Tão violenta que seu corpo se entregou ao cansaço e ele placidamente adormeceu.
Quando acordou, era noite e estrelas cadentes riscavam o céu.
Tantas e tantas que perdeu a conta.
E ao amanhecer, com o cheiro da vida à sua volta, já havia se esquecido de onde estava.
Nenhum comentário:
Postar um comentário