CHOCOLATE DOCE DEMAIS


Quando pisou na bola pela primeira vez, mandou à patroa rosas vermelhas. Foi perdoado, mas teve de prometer andar na linha.
Na segunda vez, escolheu um arranjo de gérberas
Custou uma nota, porém valeu a pena: o caso ficou por isso mesmo, nem promessa fez.
Na terceira, juntou um cartão com versos mancos às anêmolas que comprou para o amor de sua vida. 
Escorreram lágrimas daquele rosto ingênuo.
Houve uma vez mais, apenas uma.
Achou que se livrava fácil com um buquezinho de pobres margaridas.
Acabou tendo de se consolar do adeus inesperado mastigando os chocolates doces demais que havia guardado para tal eventualidade.

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