DE CARNE E OSSO


Era um mulherão de fechar o comércio.
Longos cabelos morenos, sobrancelhas negras, seios cujas formas voluptuosas a blusa amarelinha deixava adivinhar, calça de jeans apertada, justinha, uma perfeição só.
O caixa do banco estava de olho nela fazia bem uns 15 minutos. 

E contava os segundos para atendê-la.
Finalmente, ela ficou na frente dele, olho no olho, aquela boca carnuda a menos de 30 centímetros da sua boca atônita.
- Pois não - quase gaguejou de tanta emoção, o coração aos pulos, descontrolado.
- O senhor pode depositar esse cheque? Cai na conta hoje? - perguntou, com uma voz de criança, fininha, sem entonação e nenhuma graça.
- Cai, sim - respondeu o caixa, aliviado por ver que a sua deusa era apenas só mais uma mulher.
E antes de chamar o próximo cliente, viu que o relógio da parede marcava 11 e 15 e ele tinha ainda um longo dia pela frente.





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