A CARTA



Assim que pegou aquele envelope branco que estava no chão, perto da porta, Ana correu para o pai e perguntou:
- O que é isso?
Ele examinou o envelope, olhou frente e verso, abriu-o com cuidado, e depois tirou uma folha de papel de seu interior. Estava inteiramente escrita. Então, pegou o óculos e começou a ler, em voz alta:
- "Querida Ana: Talvez você não se lembre de mim, já que nos encontramos pela primeira vez na saída da escola."
Interrompeu a leitura e fez a revelação:
- Acho que isso é uma carta.
Ana perguntou:
- Carta? O que é uma carta?
Ele respondeu, inseguro:
- Antigamente as pessoas se comunicavam assim. Escreviam cartas umas para as outras. Pelo menos é o que meus pais me disseram...
Ana tirou o papel das mãos do pai:
- Deixa eu ver.
Um minuto depois, falou:
- Não sei quem é esse Bruno que assina essa "carta".
E completou:
- Deixa pra lá. Não deve ser ninguém. Nem tem e nem sabe usar e-mail.